• Os Matos da Arnosa

     

    Por parte do avô Dinis temos as nossas raízes na Arnosa...Eram de lá os nossos antepassados...que não eram Matos, mas sim Bastos...por alguma ligação anterior a um ramo Matos a partir da primeira metade do séc. XVIII os padres começaram a fazer o registo com o apelido Matos. É um ramo muito simples e sobre ele me vou debruçar pois parece ser interessante. A vida decorria entre e Serra do Caramulo e o Vale de Besteiros e seriam pequenos lavradores, mas donos de um pouco de terra. Ou talvez arrendatários de senhores feudais...vamos ver como se casavam estes Bastos que acabaram Matos... Darei noticias...

    Flowers in Chania

     


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  •                                                                                                       A nossa velha casinha

     

     

    Foi a casa que nos arranjaram para morar quando o pai voltou para a Mitel depois de vários meses no Vale. Não pudemos voltar para Sá e foi isto que se conseguiu. A casa era de familiares da que viria a ser madrinha da Graça. Já conhecíamos esta família de Sá. A mãe fazia as compras na mercearia da família e todos os homens trabalhavam em Terramonte. A ti Ana era uma velhota muito gorda e muito mal cheirosa. Tinha o seu feitio e não gostava de água. Dizem que passava o dia sentada no banco de pedra á janela da cozinha e de lá cuscava toda a vida na aldeia. Certo é que era vista privilegiada... Á Janela fazia todas as necessidades a avaliar pela porcaria que lá estava...o acesso à retrete devia ser complicado para ela... O filho, Carlos acabou por a levar para casa dele e ai continuava á janela...agora mais perto da rua e com vista para a venda da Tia Micas, da D. Amélinha e da fonte e lavadouro... A casa devoluta e de chão lavado e remendado foi a nossa casa durante uns anos. E que casa! No fundo era apenas uma grande divisão que os outrora donos dividiram em três áreas com ripas. Na primeira era a cozinha, na segunda algo indefinido...na terceira, sala e dois quartos. Só a dos nossos pais tinha janela. No cubiculo onde eu, a Jacinta e mais tarde o Fernando dormíamos não havia luz da rua. Eu sofria com isso. Havia um pequeno buraco no forro de madeira e eu no Verão afastava uma telha e deixava entrar um pouco de luz. Também um pouco de luar...e sonhava com um quarto com janela... O Zé António dormia na sala no divã...por muitos anos a cama dele foi um divã com rede. Inda usamos a divisão do meio como sala, mas no inverno comíamos na cozinha. A casa era comprida e o pai divertia se com a rábula do Raul Solnado e gritava para a mãe..."trás a sopaaa!..." na cozinha diziamos..."já vaaaiiii!".... São tantas as histórias desta casa e acho que devemos recordar todas. Quem lá vai de férias não saberá nada do que lá viveram um dia umas crianças curiosas e que de tudo faziam jogo a trabalhar...mas também não sabem do fantasma da menina que se suicidou por amor...das cartas dos imigrantes do Brasil dentro da enorme arca, da cómoda com gavetas segredo onde esperávamos encontrar um tesouro, da grande lousa da eira que sentíamos vazia por baixo e que sonhávamos remover...das flores que um dia vi sair do chão de pedra e que me encantaram..."despedidas de verão" e da grande aleluia branca ao cimo da escada. Da glicina de cachos roxos e cheirosos na janela do quarto da mãe e do pai. São três flores que hoje gosto tanto porque me lembram esta casa...e dos pinheiros mansos que poucas pinhas e pinhões davam...tantas histórias...e a figueira que havia lá até os porcos comiam figos A casa da Ti Ana da Quinta da Lousa A casa da Ti Ana da Quinta da Lousa

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    Os nossos visinhos da Raiva

    Já não me lembro do nome

    Uma casa tão pequena e morava lá tanta gente


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  • Quntas vezes aqui fomos buscar agua 

    O fontenario e o lavadouro


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    A nossa escola

     

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